Faltando um ano e seis meses para terminar o seu segundo mandato, o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), nem pode justificar à população que herdou uma herança maldita dele próprio, como alardeava no início do primeiro mandato, conquistado em 2016.
Quem for eleito em 2024, quando ocorrerá as eleições municipais de Valparaíso, vai receber uma prefeitura mergulhada em denúncias de corrupção e com uma cidade arrasada pela falta de investimento social, com ruas esburacadas, sem infraestrutura, praças abandonadas, escolas sucateadas, transporte caro e uma saúde municipal debilitada.
Um quadro degradante aos olhos dos mais de 172 mil valparaisenses que contam os dias e as horas para se ver livres de uma gestão desastrosa.
Mossoró que contou om o apoio político do governador Ronaldo Caiado(União Brasil), para se reeleger em 2020, entra na curva do declínio sem apoio para tentar fazer o seu próprio sucessor.
Dentro do seu grupo, Mossoró já não tem a mesma unidade de antes em meio as lideranças politicas que compõem a Câmara Municipal e sente o distanciamento cada vez mais evidente da sua ex-vice prefeita e hoje deputada estadual Zeli Fritsche.
Além disso, o prefeito de Valparaíso perdeu o apoio da maioria dos prefeitos da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB), entidade que ele é o presidente.
O rumo desembestado tomado por Mossoró, teve como ponto de partida a declaração de guerra feita contra o governador Ronaldo Caiado. Entenda por quê.
Por não ter direito de indicar um nome para ocupar a Secretaria do Entono, órgão criado pelo governo do Estado, cuja indicação do gestor é uma prerrogativa administrativa do governo de Goiás o prefeito birrento não poupa críticas a Caiado a onde quer que vá.
Amuado, o prefeito deixou também de executar recursos enviados ao município para efetivar as políticas públicas que a população necessita.
Para não deixar o povo abandonado o governo e a oposição se uniram na liberação de recursos para salvar a cidade.
Desde 2019, o transporte escolar recebeu R$ 5,1 milhões em recursos de contrapartidas, enquanto foi transferido o valor de R$ 7 milhões para merenda escolar.
Para a saúde, foram destinados R$ 36 milhões em contrapartidas. Na área de infraestrutura, a prefeitura de Mossoró, como gosta de falar, recebeu R$ 4,8 milhões para recuperação asfáltica de ruas e avenidas.
A GO-577, do entroncamento com a BR-040, em Valparaíso, ao entroncamento com a GO-520, em Novo Gama, está totalmente recuperada, após investimento superior a R$ 3,7 milhões.
Além disso, a população de Valparaíso recebeu mais de 1 mil moradias populares, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab); ampliação do sistema de abastecimento de água, por meio da Saneago; 1,3 cartões do programa Mães de Goiás, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds); e mais de R$ 6 milhões em investimentos da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).
Já a deputada federal Leda Borges, que lidera um movimento de oposição a Pábio Mossoró, destinou este mês R$ 6 milhões para a infraestrutura urbana de uma cidade que se não cuidar vai virar pó.
Resta tempo ainda para o mandato do prefeito chegar ao fim, mas, com tantos desacertos e infortúnios administrativos, vê-se que Mossoró deixará para trás uma gestão inacabada de uma cidade no caos.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF