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Sesc fecha unidades e se mobiliza para protestar contra corte de recursos

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Nesta terça-feira (16), às 14h, será realizada a segunda grande manifestação contra o desvio de 5% de recursos do Sesc e do Senac, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

A medida afeta diretamente milhares de pessoas em todo o Brasil e causará o fechamento definitivo de diversas unidades, reduzindo atendimentos.

Há, ainda, uma grande insatisfação entre os trabalhadores e usuários dos serviços ofertados pelas instituições. Além da manifestação desta terça-feira, está prevista outra mobilização para a quarta-feira (17) no mesmo local.

Todas as unidades do Sesc-DF estarão fechadas neste período em adesão ao movimento.

Com forte apelo do público, a causa já reúne o apoio de personalidades de diversos setores, como esporte, cultura, saúde, entre outros onde as instituições atuam fortemente.

Para participar da campanha, os interessados podem acessar o abaixo-assinado neste link – clicando aqui, documento que já conta com 500 mil adesões. O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, alerta para os prejuízos da medida, caso ela se torne lei.

“Estamos em pleno processo de expansão dos nossos serviços. Duas novas unidades estão sendo construídas na parte norte do DF, com previsão de beneficiar a população e os trabalhadores de regiões como Planaltina e Sobradinho. Além disso, quase triplicamos o número de carteirinhas do Sesc em todo o DF. Na nossa gestão, passamos de 190 mil para 530 mil cadastros, ampliando os serviços para todos os cidadãos, e não somente para os comerciários. Chegamos onde o poder público não chega”, destaca o presidente.

O Sesc-DF está em risco e os números falam por si. Com o corte de 5% no orçamento, a instituição enfrentará grandes prejuízos que afetarão diretamente milhares de pessoas.

O valor do corte representará centenas de demissões do quadro de pessoal da instituição, redução em 43% do número de alunos da educação formal, redução de 40% do número de alunos nas academias do Sesc-DF, menos 60 mil atendimentos na saúde bucal e redução no atendimento para consultas de saúde física, além do fechamento de diversas unidades.

Tudo isso impedirá que o Sesc-DF ofereça novas instalações e novos atendimentos para milhares de pessoas no Distrito Federal.

Aparecido também explica que a medida é inconstitucional. Além de não ter sido discutida com a sociedade, os valores destinados ao Sesc e ao Senac devem ser utilizados, exclusivamente, para o fim ao qual estão estabelecidos na Constituição Federal.

No caso do Sesc, sua finalidade é proporcionar programas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias.

“Não são recursos que devem ir para a promoção do Brasil no exterior. Além disso, o Sistema S é reconhecido internacionalmente pela eficiência na entrega de seus serviços”, garante o presidente do Sistema Fecomércio-DF.

Atualmente o Sesc-DF possui mais de 500 mil credenciados em todo a capital federal. São 210 mil pessoas que acessam os clubes, mais de 980 apresentações artísticas realizadas anualmente, mais de 4 mil passeios e excursões, mais de 35 mil atletas em competições esportivas, mais de dois mil alunos matriculados em escolas Edusesc, mais de 340 mil atendimentos na área de saúde e mais de 1 milhão e 400 mil quilos de alimentos arrecadados pelo Mesa Brasil Sesc no último ano.

Prejuízos no Senac-DF

No caso do Senac-DF, o desvio dos recursos seria responsável pelo impacto nas obras de melhorias e expansão de quatro unidades da instituição, encerramento de 1.053 matrículas gratuitas, cancelamento de 35 turmas e mais de 206 mil horas-aula de cursos reduzidas por ano.

A manifestação pacífica, organizada por sindicatos, empresários, associações e população em geral, tem como objetivo sensibilizar o governo federal para a importância do Sesc Senac como instituições que promovem o acesso à cultura, saúde, assistência social, educação e lazer em todo o país. O corte de 5% em seu orçamento colocaria em risco a manutenção de suas atividades e a demissão de milhares de trabalhadores.

A primeira manifestação ocorreu no dia 9 de maio, na última terça-feira, em que milhares de pessoas também se reuniram em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. A mobilização também ocorreu em outras cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

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