O Supremo Tribunal Federal suspendeu nesta quarta-feira o julgamento sobre a obrigatoriedade de o Estado fornecer gratuitamente remédios de alto custo a pessoas com doenças raras. Em Brasília, centenas de pessoas que necessitam desse tipo de medicação correm o risco de morte.
ministro Teori Zavascki pediu vistas do processo e não tem data para ser retomado. Dos dez medicamentos mais usados por pessoas com doenças raras, seis não estão na lista do SUS. A suspensão da matéria foi criticada pela a presidente da Associação Baiana de Mucopolissacaridose e Doenças Raras, Márcia Oliveira, mãe de Andreza, de 20 anos, portadora da doença.
“É muito triste, porque pra gente que tem filhos especiais não é fácil. Corre o risco de nossos filhos virem a morrer”, afirmou.
A mucopolissacaridose é uma doença degenerativa que faz aumentar de tamanho órgãos essenciais, como o fígado, o baço e até o coração. A doença causa, entre outros problemas, macrocefalia, deficiência mental e dificuldades de visão e audição.
“A gente veio com expectativa, com esperança. Chega aqui e jogam esse balde de água fria”, afirma Vera Lúcia Silva, que integra a associação e é mãe de Denilson, de 17 anos, portador da mesma doença. “Eles não têm direito de fazer isso com a gente.”
Postado por Radar