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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Joe Valle faz um caminho de volta à política, por um PDT isolado

Publicado em

Em 2018, Joe Valle surpreendeu o mundo político brasiliense ao tomar a decisão de  pendurar  a chuteira.

O ex-presidente da Câmara Legislativa era candidato a governador, pelo seu partido, o PDT.

No entanto, desistiu ao enxergar os acenos de Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, e de Ciro Gomes, para colocar o PDT nos braços do então governador Rodrigo Rollemberg (PSB), a quem Joe fazia oposição.

Teria sido esse o real motivo da retirada de Joe Valle da cena política para um longo jejum, quebrado no final do ano passado ao anunciar ser ele pré-candidato a governador pelo mesmo PDT.

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No entanto, no caminho de volta, ao jogo, eis que Joe Vale esbarra novamente nas mesmas dificuldades de sempre: o isolamento do seu partido.

O Partido dos Trabalhadores trabalha por uma federação de partidos no campo nacional, composta pelo PT, PV, Rede, PC do B, e claro, pelo PSB do ex-governador Rodrigo Rollemberg.

Os pedetistas do DF até que torciam para entrar no pacote, mas Ciro Gomes, candidato a presidência da República,  reagiu contra.

Ciro sabe que uma federação pode ter  apenas 1 postulante ao cargo de presidente.

Neste caso, seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele lidera as pesquisas de intenção de voto.

A cúpula nacional do PDT decidiu que não irá federalizar com o PT.

Ficou também definido que deve bater o martelo, oficialmente, nos dias 21 e 22 desse mês, durante um evento que marcará o centenário de Leonel Brizola, na sede nacional do partido, em Brasília.

Só pode ser carma

O carma pesado e grudento entre Joe Valle, Rollemberg e Ciro Gomes, parece ser para toda a vida e deve se repetir  nestas eleições, mais uma vez, em desfavor do projeto do ex-deputado distrital ao Buriti.

Pelo andar da carruagem, o PDT e o PSOL devem ser os únicos partidos a não se juntarem em torno de uma federação partidária.

Assim, sendo, o PDT do DF corre para o naniquismo, ou seja: ficará anão com a provável saída do distrital Claudio Abrantes, que deve migrar para o MDB ou outro’ partido conectado com o projeto de reeleição do governador Ibaneis Rocha.

Provavelmente, também deixará o partido, a ex- distrital e ex-candidata ao Buriti em 2018, Eliana Pedrosa.

Segundo se sabe, ela que se filiou recententemente ao PDT, já estar de conversas com o União Brasil.

A situação está feia para os pedetistas.

Até o deputado Reginaldo Veras, que chegou a cogitar uma candidatura a  deputado federal, pode recuar de tal pretensão.

Os 27.998 votos, recebidos na eleição passada, são  insignificantes para sonhar tão alto.

Sozinhos, nenhum deles tem votos suficientes para isso.

Só a união de legendas pode salvar o PDT do DF a eleger seus deputados, por meio das chamadas “sobras”, vagas que as siglas não conseguem preencher pelo quociente eleitoral.

Mas isso, o Ciro não quer.

Resta para Joe Valle buscar outra alternativa, fora do pedetismo, se quiser continuar vivo no consciente popular do DF.

*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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