Com isso, voltam à cena as disputas pelas administrações regionais. Rollemberg haverá de ter a mesma sensibilidade para tratar do tema
Ainda não é nada oficial. Mas os 24 deputados distritais comemoraram a decisão já comentada do governador Rodrigo Rollemberg de abrir mão da proposta enviada a Câmara Legislativa que trata da extinção de 7 das 31 administrações regionais do Distrito federal, entre elas a do Jardim Botânico.
Com isso, voltam à cena as disputas pelas administrações regionais. Rollemberg haverá de ter a mesma sensibilidade para tratar do tema
Ainda não é nada oficial. Mas os 24 deputados distritais comemoraram a decisão já comentada do governador Rodrigo Rollemberg de abrir mão da proposta enviada a Câmara Legislativa que trata da extinção de 7 das 31 administrações regionais do Distrito federal, entre elas a do Jardim Botânico.
A decisão do governador foi anunciada durante um encontro com jornalistas no Palácio do Buriti. Na semana passada, 21 dos 24 distrital haviam assinado uma moção enviada ao governador solicitando que o PL 182/2015 fosse retirado em decorrência da reação contraria ao projeto manifestada pelas comunidades durante uma audiência publica da Comissão Geral da Câmara Legislativa.O Radar ouviu alguns deputados sobre a decisão do governo de voltar atrás em levar adianta a extinção das administrações regionais.
Para o deputado Bispo Renato (PR), o governador acertou em cheio na sua decisão. Ele lembrou que na campanha eleitoral o governador Rollemberg criou a roda de conversa como candidato em cada cidade do Distrito Federal.
“ Ele prometeu ouvir as comunidades caso fosse eleito sobre qualquer ato de governo. Penso que um governante, não importa qual seja ele, precisa ouvir as vozes das ruas. O recuo do governador sobre a polêmica proposta de extinção das administrações foi uma decisão acertada. Ele precisa dar continuidade e primar pela manutenção do diálogo com as comunidades afetadas pela sua proposta, principalmente com a população do Jardim Botânico que é uma região de condomínios onde a presença do Estado é fundamental para a política de regularização. O governador acertou em cheio na sua decisão e com toda certeza absoluta ele irá capitalizar, com isso, todo o apoio popular que o seu go9verno precisa bem como o apoio da Câmara Legislativa que representa o povo”
O deputado Wasny De Rore (PT), autor da moção que solita a retirada do PL 182/2015 elogiou a postura do governador.
“É um homem sensível à vida publica. Ninguém chega aonde chegou sem ter muita sensibilidade política para entender o que o povo quer. Antes ele teve uma leitura ou uma compreensão de que era necessário diminuir o numero de administrações à guisa de cortar os gastos públicos e que a sociedade iria apoia-lo com tal iniciativa. Mas ficou provado que a economia com isso era ínfima e não contou com o apoio popular. São nas administrações regionais que a população identifica a presença do Estado para captar as demandas necessárias que as comunidades precisam. Isso precisa ser respeitado. O governador Rodrigo Rollemberg sabe entender o povo”.
O deputado Rodrigo Delmasso (PTN) pontuou que o PL 182, de iniciativa do Executivo, se choca com os anseios da população que não quer fusão ou extinção de suas administrações regionais.
“O governador foi coerente ao recuar desse projeto e foi sensível ao clamor das comunidades que estiveram aqui na Câmara Legislativa, buscando junto aos seus legítimos representantes, que são os deputados, no sentido de fazer eco as suas vozes. Os debates ocorridos na Comissão geral da CL que contou com a participação de inúmeras lideranças comunitária apontaram, ao legislativo, qual o caminho a seguir. Ao abrir mão desse projeto que extingue as administrações o governador Rollemberg se fortaleceu ainda mais junto a população”.
O ex-líder do governo, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), um dos signatários da moção que pede ao Executivo a retirada do PL 182/2015, disse ao Radar que o governador acerta quando retira o projeto de extinção, o que não significa dizer que o assunto administração não deva ser discutido.
“As RA’s devem, sim, passar por um amplo debate. Não concordo com a extinção, até porque as administrações nas cidades significa a presença do governo naquela localidade. Evidente que todos nós sabemos que, ao longo do tempo, as administrações foram transformadas, salvo raríssimas exceções, em cabides de empregos em troca de apoio político. Isso é muito ruim para a própria cidade. Proponho uma rediscussão sobre as administrações regionais para sabermos qual é a eficiência que está sendo demonstrado, ou seja, elas tem que mostrar os serviços necessários à população. Se as cidades tem problemas de infraestrutura, de segurança, na área da educação ou o que for, as administrações tem que resolver. Por isso o administrador tem que ser uma pessoas qualificada. Havia no governo passado administrações com 200 funcionários, cuja maioria não dava expediente, até porque não há lugares para acomodar tanta gente. Um absurdo. Vejo, por exemplo, a administração do Jardim Botânico como algo muito importante para quem mora nos condomínios. O jardim Botânico é um bairro com as suas especificidades. A cidade nasceu com um processo de ocupação irregular, com problemas ambientais e de infraestrutura o que se faz necessário a presença do governo na comunidade. Como também é de grande importância a manutenção da administração da Fercal e do SIA. A decisão do governador de voltar atrás com esse projeto de extinção das administrações, volto a dizer: foi acertada”.
Da Redação Radar
Contato: radarcondominios@gmail.com
DO BLOG DO PROFESSOR CHICO: Campanella, o sem voto, pode ficar sem partido também
No calor das manifestações que tomaram conta do país esses dias, as maiores depois das Diretas-Já!, este bog tem acompanhado atentamente a movimentação em um partido que pelo menos na sigla tem tudo a ver com o momento que vivemos, o Partido Pátria Livre, PPL.
Comandado com “mão de ferro” pelo candidato derrotado a deputado federal Marco Antonio Campanella, ou Campanella, como é conhecido, o PPL ensaia um grande movimento interno para tirar da presidência da sigla, “o vacinado”, como alguns desafetos referem-se a Campanella, pelo fato deste nunca ter conseguido se eleger a um mandato no DF, apesar das muitas eleições que já disputou, antes no PMDB, agora no PPL. “Este cara tomou várias doses da vacina contra votos”, declarou ao blog um filiado que pediu anonimato.
Este mesmo filiado revelou que na sigla apenas o “G8” (como se referem ao minoritário grupo que Campanella teria montado para controlar o partido), seria merecedor “das atenções e considerações” do “vacinado”. “Existe esta panelinha que ele criou para botar a mão na sigla e virar o coronel mesmo sem ganhar uma eleição sequer”.
Além disso, ainda segundo este militante, sete zonais já teriam deixado claro que desejam mudanças no comando da sigla. “A ultima foi a do Plano Piloto. Também em Planaltina, Santa Maria, Cruzeiro e Brazlândia ninguém quer mais esta panelinha no comando do nosso partido. Não somos contra ele, somos contra ele querer virar um imperador aqui, entendeu? Que democracia é esta?”
