A decisão unânime da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) representou um verdadeiro balde de água fria nas pretensões do ex-governador José Roberto Arruda.
Logo após o anúncio da inelegibilidade, alguns de seus “aliados” começaram a abandonar o barco e lhe virar as costas.
Aqueles que até então se beneficiavam de sua proximidade engasgaram com a notícia e agora tentam retomar suas posições como se nada tivesse acontecido.
Arruda já antecipava sua campanha como candidato ao Palácio do Buriti, o mesmo endereço onde se afundou na corrupção em 2009, sendo posteriormente cassado e preso pela Operação Caixa de Pandora.
O colegiado manteve a condenação por improbidade administrativa, impondo o pagamento de uma multa atualizada que chega a R$ 559 milhões.
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Proferida pelos ministros Paulo Sérgio Domingues, Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina, Regina Helena Costa e o ministro-relator Gurgel de Faria, a decisão sepulta qualquer esperança de retorno de Arruda à política majoritária no Distrito Federal.
De “vendedor de ilusões” a candidato inviável
Desde as campanhas de 2014, 2018 e 2022, Arruda se consolidou como um verdadeiro mercador de fumaça.
Em tempos eleitorais, ele volta a vender gato por lebre: se autoproclama candidato apenas para, logo depois, tentar negociar seu suposto capital eleitoral com quem ainda acredita que ele poderia eleger um “poste”.
Em 2022, sua imagem de transferidor de votos desmoronou com a derrota de Flávia Arruda ao Senado, superada pela então desconhecida Damares Alves.
Hoje, a escassez de partidos dispostos a apostar na insegurança jurídica de uma candidatura improvável torna seu retorno ainda mais improvável.
Mesmo que o STF encontre um “jeitinho” na Lei da Ficha Limpa, Arruda poderá até conseguir um partido disposto a lhe oferecer uma candidatura menor, mas, para o Palácio do Buriti, a porta segue trancada e sem chave.
 


 
                                    
