A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), presidente do Partido Liberal no Distrito Federal, já anunciou que será candidata ao Senado em 2026.
A decisão marca uma mudança em relação às campanhas anteriores, quando obteve recorde de votos para a Câmara dos Deputados em 2018 e 2022.
Para 2026, Kicis aposta em uma estratégia restrita como se fosse candidata novamente a deputada federal e não ao Senado.
A presidente do PL-DF, prioriza apenas dois aliados: Thiago Manzoni, deputado distrital que tentará vaga de federal, e Bruno Oliveira, administrador do SIA, cotado por ela para a CLDF.
Rafael Borges Bueno, secretário de Agricultura do GDF, surge como uma alternativa. Também estimula a candidatura de Evandro, seu assessor.
A estratégia, no entanto, pode ser um tiro no pé da parlamentar. Ao centralizar o apoio em dois, ou três nomes de sua confiança, Kicis arrisca perder a força da mobilização coletiva composta por membros do seu partido e das outras legendas, essencial para eleger um senador.
Candidatos a deputados distritais e federais do PL, MDB, Republicanos, PSD e PP, dificilmente farão campanha para ela.
Cada um deve focar na própria reeleição e apoiar apenas quem os apoiam.
Afinal, nenhum candidato em campanha vai querer ser “bucha de canhão” só para atender às ambições de Bia e seus pupilos.
Não terão motivos para carregar nas costas um projeto que os ignora.
Ao priorizar Manzoni, Oliveira e Evandro, Kicis pode fragmentar sua base e enfraquecer a sua própria candidatura ao Senado em um cenário competitivo com nomes que não se pode subestimar como Sebastião Coelho (Novo) e Leila do Vôlei (PDT), que tentará a reeleição.
O que parece ser uma jogada de mestre pode se transformar no maior erro político da carreira de Bia Kicis ao ignorar o apoio coletivo da base para priorizar apenas a sua “panelinha”. Fica a visão.