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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Rollemberg: A decadência de um ex-governador sem futuro político

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O pico eleitoral de Rollemberg ocorreu em 2014, quando ele venceu o segundo turno contra Jofran Frejat (PR), capitalizando a rejeição aos escândalos da gestão impopular de Agnelo Queiroz (PT).

Com um discurso de transparência e renovação, Rollemberg conquistou 812.036 votos, prometendo uma gestão ética e eficiente.

No entanto, sua administração foi marcada por decisões que alienaram eleitores de diferentes classes sociais, resultando em uma derrota esmagadora em 2018.

Contra Ibaneis Rocha (MDB), Rollemberg obteve apenas 30,21% dos votos (451.329), uma queda de quase metade de seu eleitorado em quatro anos.

O declínio se agravou em 2022, quando Rollemberg tentou uma vaga na Câmara dos Deputados. Conseguiu apenas 50 mil votos, insuficientes para a eleição sob as regras então vigentes.

Sua volta à Câmara em 2025, viabilizada por mudanças nas regras eleitorais pelo STF, não mascara o fato de que sua base eleitoral foi reduzida a uma fração do que já foi.

A história eleitoral do DF mostra que políticos em trajetória de definhamento, como Rollemberg, raramente se recuperam. Isso é fato!

Com o PSB enfraquecido e sem quadros capazes de atuar como “mulas” (candidatos que atraem votos para eleger deputados pelo quociente eleitoral), sua tentativa de renovar o mandato em 2026 parece fadada ao fracasso.

Quem é ele?

A gestão de Rollemberg (2015-2018) é amplamente considerada uma das piores da história do Distrito Federal, marcada por decisões impopulares, falhas administrativas e escândalos que contradizem sua promessa de ética. Entre os pontos mais negativos, destacam-se:

  • Derrubada de casas
    A política de fiscalização da Agefis (Agência de Fiscalização do Distrito Federal) sob Rollemberg foi um dos maiores fatores de sua impopularidade. Centenas de casas foram derrubadas, tanto em áreas periféricas, como Sol Nascente, quanto em condomínios de classe média, como no Jardim Botânico. A ausência de alternativas habitacionais imediatas reforçou a imagem de um governo insensível às necessidades dos mais vulneráveis.
  • Nos condomínios de classe média, as derrubadas geraram revolta entre moradores que investiram economias em construções, muitas vezes com empréstimos, apenas para enfrentar a insegurança jurídica. A percepção de que Rollemberg tratava pobres e classe média com a mesma repressão seletiva foi um golpe fatal em sua popularidade, com a Agefis sendo citada como o principal motivo de sua rejeição de 56% em 2018.
  • 2. Crise financeira e falta de obras visíveis
    Rollemberg assumiu o governo com um rombo de R$ 3,8 bilhões que ele disse ter herdado da gestão do governo do PT. A saúde pública, por exemplo, foi alvo de críticas por filas em hospitais e problemas como ratos em centros cirúrgicos. Ate o viaduto do Eixão veio abaixo por falta de manutenção. A falta de resultados concretos reforçou a narrativa de que Rollemberg era um gestor incapaz de atender às demandas do DF.
  • 3. Escândalo do BRB
    Apesar de se apresentar como um político ético, a gestão de Rollemberg foi manchada por um dos maiores escândalos financeiros da história do DF: o desvio de R$ 16,5 milhões no Banco de Brasília (BRB). Diretores e ex-diretores do BRB, presos pela Polícia Federal, foram envolvidos em um esquema de pagamento de propinas em troca de investimentos em projetos duvidosos, como o extinto Trump Hotel (atual LSH Lifestyle) no Rio de Janeiro.

A operação, revelada durante sua gestão, contradiz diretamente o discurso de “mãos limpas” que Rollemberg usou em 2014.

Sua recente crítica ao BRB, acusando-o de tentar comprar o Banco Master, soa hipócrita diante do escândalo ocorrido sob sua administração.

A percepção é de que ele tenta reescrever sua história para apagar os erros do passado.

A história política do DF mostra que governadores rejeitados nas urnas raramente recuperam relevância.

Rollemberg, rotulado por muitos como o “pior governador da história de Brasília”, parece seguir esse padrão.

Sua eleição como deputado federal em 2025, viabilizada por uma decisão do STF, é vista como um acidente de percurso, não como um sinal de recuperação.

A combinação de rejeição popular, isolamento político e um partido enfraquecido aponta para o inevitável: “Rollemberg, nunca mais!”

Ele se desespera: Só faltam seis dias para o povo demitir Rollemberg

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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