Na corrida para o governo do Distrito Federal em 2026, o PSB e o PV se articulam para lacrar um candidato único de esquerda que não seja do PT (Partido dos Trabalhadores) do DF, já que a legenda no DF virou uma espécie de “vaca de presépio”.
Ou seja: vai para onde Lula ou a direção nacional do partido mandarem.
O PT brasiliense chegou a este ponto devido a uma crise de liderança. Quem manda no partido são sempre os mesmos que se engalfinham entre as mais variadas correntes.
A situação do partido, que já governou o Distrito Federal em duas ocasiões anteriores: com Cristovam Buarque entre 1994 e 1998 e com Agnelo Queiroz de 2010 a 2014, é sinônimo de crítica e descontentamento de Lula e do PT nacional.
O desempenho da legenda mostra a clara dificuldade de reconquistar a confiança do eleitorado local, que, por sua vez, demonstra uma péssima imagem do governo petista.
A avaliação do governo Lula no Distrito Federal é preocupante devido ao aumento da rejeição entre os cidadãos.
Isso levanta questões sobre a viabilidade de uma candidatura do PT, que atualmente enfrenta um dilema: como recuperar sua relevância e credibilidade diante de uma base eleitoral que se distancia cada vez mais das suas propostas?
Basta olhar para trás. Em 2022, o partido assumiu uma postura de “maria-vai-com as outras”, apoiando a candidatura de Leandro Grass, do PV, por imposição de Luis Inácio Lula da Silva.
A decisão representou uma ruptura histórica para um partido acostumado com as disputas majoritárias, liderando a cabeça de chapa.
Com a vida em crise e um passado de desilusão, o futuro do PT no DF e sua capacidade de influenciar a corrida pelo Buriti permanecem incertos.
O caminho para ser novamente a “vaca de presépio” da esquerda do DF é uma opção a que a velha oligarquia petista parece ter se acostumado.