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Com caciques presos e outros derrotados, o MDB pode surgir das cinzas com Ibaneis

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Velhos caciques do MDB podem escolher o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha para ser o futuro presidente nacional do partido, cuja renovação da executiva deve ocorrer em abril. Sem mandatos, os ex-senadores Romero Jucá (RO), Eunício Oliveira (CE), Valdir Raupp (RO) e o ex-presidente Michel Temer estão fora do jogo. A renovação do partido de Ulisses Guimarães pode ser com Ibaneis

Por Toni Duarte//RADAR-DF

Ninguém estranha mais que o ex-presidente da OAB pode de fato, ser candidato a Presidência da República em 2022, como chegou a anunciar a aliados mais próximos ainda no segundo turno da eleição que o consagrou governador do Distrito Federal.

Mas foi como governador eleito que Ibaneis começou de fato a trabalhar neste sentido ao trazer uma boa parte do governo do ex-presidente Michel Temer para compor o seu starf governamental.

Ibaneis também fez gestos ao ex-presidente José Sarney, abrigando o ex-ministro do Meio Ambiente Zequinha Sarney, na Secretaria do mesmo nome, além da CEB Distribuidora que foi ocupada por Wander Azevedo nome indicado pelo velho cacique.

Com vários caciques derrotados na última eleição e outros a caminho das masmorras de Curitiba o MDB segue bambo após a vitória do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a Presidência do Senado, ocorrida no último sábado.

Foi a pá de cal jogada por Onyx Dornelles Lorenzoni (DEM), ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro que ajudou enterrar mais ainda o MDB, ex-força motriz da política nacional.

E não é pra menos o enfraquecimento visível da legenda em todos os aspectos. Foi o partido que mais perdeu cadeiras na Câmara dos Deputados e encolheu no Senado em decorrência das derrotas contabilizadas nas últimas eleições.

Desde quando saiu de cena do poder com o fim do Governo Temer, o mais impopular presidente da história política do país, o MDB dificilmente se levantará se não tiver a renovação no seu poder de mando. O partido de Ulisses Guimarães começa  2019 com poder reduzido  as cinzas.

O fracasso nas urnas levou o partido a redução na divisão do bilionário fundo partidário e tempo de televisão. De 66 deputados, a sigla elegeu apenas 34. No Senado tinha 19 hoje está com 13 senadores.

É no vácuo do fracasso que entra em cena o novo. Ibaneis chega com  força política vigorosa por ser o governador da Capital da República  que apesar de novo mostra que sabe fazer política como as velhas raposas.

Na sexta e no sábado o governador do DF cuidou da agenda política de 2022 com foco no Planalto. Foi para dentro do Senado e manteve conversas de pé de ouvido com muitos emedebistas.

Que ninguém se surpreenda com Ibaneis. Ele é capaz de sonhar e tornar o sonho real. Ibaneis não é nenhum Henrique Meirelles, o candidato emedebista à Presidência que amargou o sétimo lugar, com 1,2% dos votos.

Ibaneis foi diferente no seu primeiro teste das urnas.

Nos primeiros 30 dias da eleição do primeiro turno o ex-presidente da OAB-DF era apenas um traço morto no gráfico eleitoral.

Em seguida foi para 2 pontos percentuais nas pesquisas e venceu o segundo turno com 69,79% dos votos válidos do povo brasiliense.

O cabra de chapéu de couro pode ainda surpreender o mundo político brasileiro. Alguém tem dúvida?

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