Há muitos anos os servidores da Secretaria de Saúde do DF esperavam pela criação do plano de saúde, assinado no dia 7 de julho, em parceria com o Governo do Distrito Federal, Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal e o Banco de Brasília, por meio de um acordo de cooperação técnica.
Nós, membros do Sindicato de Saúde, estamos felizes com a proposta apresentada, pois essa é uma reivindicação antiga de toda a categoria.
Os servidores, que servem diariamente à população do DF, não tiveram suas vidas protegidas e não receberam o merecido valor do Estado nas últimas gestões do GDF e agora chegou a hora.
São milhares de trabalhadores de diversas áreas que estão na linha de frente fazendo com que a Saúde Pública da capital da República melhore diariamente, mesmo diante de tantos problemas estruturais.
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Somos a mola-mestra que impulsiona a defesa da vida de cada cidadão desde as consultas em suas residências até os casos mais graves tratados dos diversos órgãos de saúde das nossas Regiões Administrativas.
No atual momento, acompanhamos diversos profissionais adoecidos por doenças físicas e mentais que, em geral, não têm um tratamento digno para que possam cuidar de suas enfermidades e, em seguida, cuidem das enfermidades da sociedade.
É importante que o Governo do Distrito Federal tenha compreendido que a entrega do plano de saúde dos servidores é uma economia aos cofres públicos, uma vez que irá desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS), que passa historicamente por problemas graves.
Serão mais de 400 mil pessoas beneficiadas (entre servidores – nativos e inativos – e seus dependentes) pelo intitulado Saúde DF.
O SindiSaúde lembra aqui, em especial a luta diária dos servidores inativos que não conseguem aderir a nenhum plano de saúde devido o avanço da idade e, muitas vezes, por possuírem doenças pré-existentes.
Além de uma questão de justiça é, sem dúvida nenhuma, um reconhecimento a eles em troca de tantos anos de dedicação e amparo ao povo do Distrito Federal.
Não é normal acompanhar os servidores adoecerem e morrerem sem o acolhimento devido, sem um olhar especial do Estado, sem um tratamento digno às suas vidas.
Mesmo sabendo que o plano vai operar com custos bem abaixo do mercado, é importante ressaltar que o índice de endividamento dos servidores é altíssimo, portanto, é preciso que haja valorização contínua para que tenham autonomia financeira para arcar com os custos do plano de saúde.
Não é menos importante reafirmar que a categoria espera a construção do Hospital do Servidor esperado há muitos anos.
Vida longa ao PLANO DE SAÚDE DF!
*Marli Rodrigues é presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal._