*Por Jean Rodrigues Oliveira
Coronéis ou Soldados, nenhum de nós pode ser intitulado de massa de manobra de absolutamente ninguém. Como sempre disse: a divisão das forças de segurança só enfraquece a própria segurança. O grande prejudicado não é o Governo e sim a população e as instituições.
o nos posicionarmos a favor de um aumento unificado para as forças de segurança, PMs, bombeiros e PCs, advogamos algo absolutamente lógico e normal: se atuamos na mesma área, não há porque haver diferenças grandes de salário.
Aliás, vou repetir: tivesse os sindicatos colocado toda a segurança em seu pleito a força do pedido seria muito maior e algo já estaria alinhavado. Afinal, somos todos pagos pelo mesmo Fundo Constitucional e compomos o mesmo artigo 144 da Carta. Ademais, o que todos afirmam agora é que do ponto de vista político e negocial, nossos irmãos, porque assim os considero, erraram o “time” ao não aceitarem a primeira proposta do GDF. Portanto, erraram duas vezes.
Neste mesmo sentido, acho que também devo fazer meu “mea culpa”. Ao sugerir que NÓS Comandantes não podíamos aceitar receber nossas gratificações sob o sacrifício da tropa pela possível volta de um distanciamento nos salários entre integrantes da segurança fui, de todos os chefes, o único exonerado.
Todos precisamos de dinheiro e não nego que faz falta, mas agride mais ter sido jogado no ostracismo e ser tratado como um pária, ou este senhor acha que fui elevado às alturas dentro de minha instituição e do Governo? Não se esqueçam que sou militar. Sem problemas, estou convicto, após tantos anos de serviço, que tudo passa e que Deus sempre nos reserva algo mais promissor logo ali à frente.
Espero apenas e sinceramente que minhas intervenções não tenham atrapalhado ninguém e sim colocado luz sobre uma questão histórica: não pode haver um distanciamento salarial grande entre os órgãos públicos de segurança. Da mesma forma que não é bom haver distanciamento entre nós da segurança e o Ministério Público e ainda o Judiciário. Afinal somos todos responsáveis por tentar fazer JUSTIÇA. Não é este o argumento proposto?
*Jean Rodrigues Oliveira é CEL QOPM e ex-comandante da Academia da Policia Militar do Distrito Federal
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