Para a maioria das pessoas, aquele abraço gostoso, seguido de muitos beijos amorosos, será adiado para uma data incerta e futura. Homenagear as mães seria simplório, se o dia delas fosse apenas no segundo domingo de maio de cada ano, mas a verdade é que mãe é uma palavra doce que representa abnegação, força, instrução e respeito.
Essas mulheres, geradoras de amor e vida, que abdicam dos próprios interesses para acolher e guardar, como uma leoa, seus filhos, agora são elas que precisam de proteção e cuidados.
A Polícia Militar do Distrito Federal reuniu fotos, que manifestam a afeição e o zelo que policiais militares estão tendo para se relacionarem com suas mães, uma vez que são profissionais dos serviços essenciais, especialmente durante a pandemia.
Portanto, estão na linha de frente, não podendo parar ou fazer home-office. Para cumprir a missão de servir e proteger à sociedade, os policiais acabam ficando mais expostos ao risco de se contaminar com o coronavírus, e isso faz com que esses profissionais da segurança tomem mais cuidados ao visitarem suas mães, por não saberem se estão contaminados e por entenderem que suas matriarcas podem estar em idade de maior risco.
O sargento Augusto Vieira, 38, ressalta que este ano não haverá o tão tradicional estrogonofe. “É ruim, difícil, mas necessário, pois se trata da vida da minha mãe.
Abraços virtuais e visitas pela janela, ajudam a amenizar a saudade. É tempo de distanciar para ter a certeza do reencontro”, afirma o sargento. Sua mãe, dona Vanda Vieria, assegura, confortada, que o filho a visita e que, além do suporte emocional, sentido pela janela, ele ainda faz suas compras.
“Sei que Deus está no comando, protegendo toda a equipe policial militar. Tenho esperança que tudo isso passará o mais rápido e nos deixará ainda mais unidos”.
A dona Edna Maria, mãe do sargento Mendes, ressalta a preocupação com o filho, agora, não apenas com os criminosos que o policial precisa lidar no dia a dia, mas também, com a exposição ao COVID-19.
“Moramos juntos, mas nos mantemos afastados dentro de casa e tomamos os devidos cuidados”. O sargento afirma que sua mãe é do grupo de risco e toma remédios para pressão, então, toda cautela é fundamental.
“Sentimos falta por não poder ter um contato maior no dia a dia, mas o amor também é cuidar e respeitar esses limites.”
A soldado Rebeca mora com sua mãe, dona Creuza, por isso os cuidados também são bem minuciosos. “Fico tranquila em poder cuidar da minha mãe, separadas por não poder abraçar e beijar, mas juntas nos laços do coração.”
A mãe da policial retribui o carinho e compreende que tudo isso é passageiro: “por enquanto é necessário, sinto falta do abraço, do meigo e doce olhar que me enche de esperança e amor”, declara amorosamente a mãe.
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