*Por Jean Carmo Barbosa/
O Governador Ibaneis Rocha (MDB), tem em mãos a necessidade de reverter o quadro de desemprego no Distrito Federal, que a quase um ano, segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal – PED-DF, se mantém numa média de taxa de 18%, com pouco expressividade na redução desses índices e que tem entre as mulheres e a juventude a parcela mais afetada.
Não será uma tarefa fácil, por não possuímos uma matriz econômica diversificada. Nossa principal fonte são: serviço público; as atividades do mercado privado; microempreendedores e trabalhadores autônomos que geram a maioria dos postos de trabalho disponíveis no DF e que tem sofrido diversas perdas com a recessão econômica que o país vive.
A indústria e a Agricultura desempenham um papel de pouco impacto em nosso Produto Interno Bruto – PIB, apesar de obter resultados com médias maiores que o desempenho nacional, temos um grande potencial principalmente quando consideramos a área pertencente a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico – RIDE, que engloba o DF e mais 33 munícipios dos estados de Goiás e Minas Gerais.
A integração da RIDE é um passo doloroso mais crucial para o desenvolvimento econômico e social da região. Doloroso pela complexidade do movimento e pelo fator social existente em completo estado de abandono do poder público local na região do entorno.
A única solução está em uma política de descentralização de recursos e investimentos, cujo debate já existe a bastante tempo, com idas e vindas e posicionamentos positivos e negativos dos diversos setores envolvidos.
Não será tarefa fácil. O resultado não será imediato e demorará anos para ser concluído, mas quando concluído teremos o segundo maior eixo comercial do país, com possibilidade de disputa real com o eixo São Paulo/Rio de Janeiro, o atual maior eixo comercial.
A RIDE será uma região integrada de produção agrícola, uma das maiores do país; áreas de extração mineral; industrias de transformação; comércio e turismo.
Daremos um salto de desenvolvimento que influenciará tanto as economias local e nacional que talvez nem o próprio JK tivesse dimensão das possibilidades na época da construção da nova capital.
O Governador Ibaneis Rocha tem vislumbrado esta integração, não à toa. Desde o final das eleições de 2018 vinha articulado com o ex-presidente Michel Temer, a ampliação dos poderes do GDF sobre a região, além de fazer declarações favoráveis a plena integração da região.
Veremos nos próximos dias de seu governo se será exitoso em suas articulações. De qualquer forma são necessários investimentos em novas matrizes econômicas e o governador terá que ter coragem para disputar com a parcela da sociedade que ainda ver o Distrito Federal como uma cidade dormitório para os políticos que debatem e conduzem o Brasil.
Este pensamento deve ser combatido. O DF não é apenas a Praça dos três Poderes, é uma cidade cosmopolita, com gente trabalhadora e com potencial para contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região. É esse avanço que almejamos. Além de decisão política e envolvimento do legislativo, requer diálogo e participação popular.
*Jean Carmo Barbosa é Pedagogo, Mestrando em Poder Legislativo, foi Administrador de Brasília e de São Sebastião. Assessor Parlamentar na Câmara dos Deputados.
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