Por Renato Riella*
Pesquisas não garantem nada, mas revelam tendências. Algumas pesquisas, dentro de públicos específicos, mostram tendências mais fortes. É o caso do Blog do Noblat, que abriu uma pergunta difícil.
De forma surpreendente, ele mostrou como a grande maioria da população rejeita e como se condena a imprensa.
Noblat perguntou: “Dar banana para jornalista é um gesto à altura do cargo de Presidente da República?”
Mais de 60% dos seus leitores responderam que SIM.
Se a pergunta for feita num plano mais aberto, o percentual será ainda maior contra a imprensa formal que tenta sobreviver no Brasil.
E se for feita pergunta sobre a jornalista Patrícia, da Folha, haverá imensa condenação a ela. Maior ainda se o focalizado na pesquisa for o americano tenebroso Glenn que caluniou o Ministro Moro.
O brasileiro está cansado de ver a imprensa falando, sozinha, sobre aberrações.
Uma delas – e a pior de todas – é a defesa do maior ladrão do mundo: Lula.
Outra foi a barbaridade de aceitar gravações clandestinas feitas contra diversas autoridades, inclusive Moro.
Por que a imprensa não defende a prisão em segunda instância?
Por que não combateu a criminosa Lei do Abuso de Autoridade, que impede a apuração de crimes?
Por que não faz intensa campanha para melhorar o nível do Supremo Tribuna Federal, a mais odiada instituição da história do Brasil?
Por que a imprensa não se aprofundou na questão do porteiro subornado para caluniar Bolsonaro?
Por que não apurou direito a facada do Adélio?
Por que não defendeu ardentemente a Carteira de Estudante gratuita?
Por que não atribui aos Governos da Bahia (petista) e do Rio (Witzel) a queima de arquivo no caso do miliciano?
Por que não aplaude quando, finalmente, a Cultura brasileira tem uma pessoa vinda da…Cultura?
Por que a imprensa não se aprofunda no caso dos impostos embutidos na gasolina, quando no Paraguai a Petrobras vende gasolina a pouco mais de R$ 2,00?
Por que a imprensa não reconhece que a gravidez precoce é mesmo um dos maiores dramas brasileiros?
Por que os jornalistas não comemoram o fato de não haver nenhum caso do Covid 19 no Brasil?
Por que a imprensa não reconhece que, por incrível que pareça, está se viabilizando o partido Aliança?
Por que jornalistas pretensamente sérios diversas vezes anunciaram a saída do Ministro Paulo Guedes, interferindo na cotação da Bolsa?
Há mil outras perguntas.
O povo está vendo um processo monstruoso de sabotagem de um governo sobre o qual não conseguem apontar roubos.
O povo se assusta com o estilo rude do Presidente Bolsonaro, mas grande parte das pessoas se identifica com um ser humano esfaqueado, atingido em todas as faces da vida pessoal, que não reage com violência física, nem ameaça ninguém.
O Brasil é hoje o país mais democrático do mundo, libertino até, que poderá ter escola de samba com verba pública, em espaço público, desfilando contra Jesus e contra o Presidente Bolsonaro.
Assim, e por muitas outras, é melhor Noblat não fazer mais enquete. Pode querer mudar do Brasil – para Cuba.
Este artigo é uma tentativa de decifrar o Brasil para gente que não vê a realidade.
*Renato Riella, jornalista e colaborador do SOS BRASÍLIA. Especialista em marketing empresarial e político. Baiano de Salvador, fixado em Brasília desde 1974. Prêmio Esso Nacional de Jornalismo em 1985, com o Caso Mário Eugênio. Editor-chefe de diversos jornais, entre os quais o Correio Braziliense (década de 80). Secretário de Estado no DF na década de 90. Diretor-Executivo do Sistema Fecomércio-DF.
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