O Governo do Distrito Federal (GDF) investe em tecnologias para preservar áreas do bioma com a maior biodiversidade do mundo. A parceria com pesquisadores resultou na criação de um sistema de reconhecimento de imagens aéreas para a detecção precoce de fogo ativo ou fumaça.
Um trabalho que antes era realizado apenas por imagens de satélite e rondas presenciais hoje conta com o reforço da tecnologia para evitar grandes incêndios nas áreas de Cerrado do DF.
“Um incêndio de grande proporção gera um gasto enorme para os cofres públicos, porque é necessário deslocar equipes, aeronaves e combustível, sem contar a fauna e flora afetadas; não há dinheiro capaz de comprar uma área recuperada de Cerrado após ser atingida por fogo”, defende Carolina Schubart, coordenadora do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif) da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema).
Ao todo, são quatro câmeras instaladas em um ponto estratégico da Torre de TV Digital que monitoram as regiões administrativas 24 horas por dia, em um raio de até 25 km.
Ao identificar um possível sinal de fumaça, as imagens reproduzidas são interpretadas pela inteligência artificial, que detecta se pode ser um princípio de incêndio florestal.
Hoje, os pesquisadores calculam que apenas 4% dos chamados são identificados como falsos-positivos, o que classifica a iniciativa como um projeto pioneiro de sucesso. A expectativa é que o projeto seja expandido, ainda neste ano, para a região Norte do Distrito Federal.