A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) completa 30 anos de produção ininterrupta do guaco com finalidades medicinais. A planta, originária da Mata Atlântica brasileira, é utilizada para tratamento de doenças respiratórias devido à sua ação expectorante.
O guaco cultivado na rede pública de saúde do DF se destaca pela qualidade, uma vez que a espécie plantada pela SES é superior à comumente utilizada na indústria.
“O guaco com que trabalhamos na Farmácia Viva é a [da espécie] Mikania laevigata, que estudos demonstram ser sete vezes superior à Mikania glomerata, muito usada na indústria”, explica a chefe da Farmácia Viva de Planaltina, Isabele de Aguiar.
Neste ano, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) produziu 3.737 frascos de xaropes e entregou 307 pacotes da planta in natura para uso na forma de preparações caseiras. A produção do medicamento atende a 20 unidades básicas de saúde (UBSs) da região, com alta demanda.
Com boa adaptação ao clima do Cerrado, tanto em dias de muito calor quanto de chuva, as folhas são cultivadas com facilidade no DF. São necessários dez dias para a produção do xarope, sendo a maior parte do período destinada para a colheita e secagem das folhas, processo que leva de seis a sete dias. A produção do xarope em si demanda três dias.
Em 2024, já foram produzidos 13 lotes do xarope, com a última safra colhida no início deste mês, totalizando 5.332 frascos distribuídos. Enquanto isso, de 1º de janeiro de 1994 até 1º de janeiro deste ano, foram produzidas e distribuídas mais de 40 mil unidades do chá medicinal.