Conforme indica a análise para a capital feita pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Distrito Federal foi de 0,34% em junho, mantendo-se estável em relação a maio.
Os maiores aumentos foram em habitação (0,88%) e alimentação e bebidas (0,50%), impulsionados principalmente pelos reajustes nas taxas de água e esgoto (0,14 ponto percentual – p.p.), nos preços do leite longa vida (0,03 p.p.) e da batata-inglesa (0,02 p.p.).
A passagem aérea apresentou queda de 9,63% nos preços, contribuindo com -0,16 p.p. A gasolina foi o que contribuiu com o maior impacto na inflação, com variação de 3,56% nos preços e contribuição de 0,24 p.p.
“Enquanto o reajuste das tarifas de água e esgoto representa um choque temporário nos preços, a inflação de alimentos continua preocupante devido à sua persistência e impacto prolongado. Esse conjunto de fatores convergiu para um processo inflacionário mais intenso para famílias com renda mais baixa, resultando em um INPC em patamar superior ao IPCA, na contramão do que a capital costuma registrar”, ressalta o coordenador interino de Análise Econômica e Contas Regionais do instituto, Pedro Borges.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de junho foi de 0,58% no DF, 0,24 p.p. acima do IPCA. A justificativa foi a alta dos alimentos e da taxa de água e esgoto, produtos com maior peso para famílias de renda de 1 a 5 salários mínimos.