Conforme a plataforma Violência Contra as Mulheres, do Instituto Patrícia Galvão, a cada 24 horas, três mulheres são vítimas de feminicídio no Brasil. No trabalho preventivo é preciso dar atenção a alguns sinais importantes.
Sobre o tema, o GDF lançou há um ano uma força-tarefa de combate ao feminicídio. Onze secretarias, órgãos do Judiciário e entidades da sociedade civil se uniram para propor uma série de políticas públicas e leis nessa campanha.
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) publicou um alerta nas redes sociais sobre esses sinais, para que as pessoas próximas a elas, levantando o trabalho preventivo como uma das frentes contra o assassinato desse grupo.
“O abuso não é só em formato físico, mas psicológico também. Um controle dos passos da vítima acontece para que o agressor tenha um domínio sobre ela”, explica a especialista em psicologia da Saúde e neurocientista Zaika Capita.
De acordo com a pesquisadora, a identificação de um possível agressor é possível a partir do momento que ele começa a causar uma opressão psicológica na vítima.
Além disso, quando ocorre uma violência vem a fase da lua de mel – que é um período de calmaria em que o agressor implora perdão, promete que foi um caso isolado, que irá mudar e que aquilo nunca vai se repetir. Ela frisa que o feminicídio ocorre em grande parte dos casos.
“A violência psicológica é uma bandeira vermelha para a mulher e as pessoas próximas a ela e o nível de suportar esse tipo de situação tem que ser mínimo, sempre acompanhado de autoquestionamento. A mulher tem que ter a certeza que merece ser feliz, merece amor, fidelidade, honra”, destaca Zaika.
Zaika também está à frente do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da 112 Sul.
No total, 14 equipamentos públicos integram a rede de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade. Ao longo do primeiro ano da força-tarefa, a Secretaria da Mulher contabilizou 29 mil atendimentos realizados. Na ocasião, 19 mil vítimas receberam amparo.